sábado, 17 de novembro de 2012

Resenha: Feios - Scott Westerfeld

WESTERFELD, Scott. Feios. 1Ed. Rio de Janeiro: Galera Record, 2010. 415 págs.

 "Meu nome é Tally Youngblood. E quero ser perfeita."
NOTA: 4/5



No universo, primeiramente, utópico de Feios, conhecemos A Vila Feia através dos olhos da personagem Tally Youngblood que está cada dia mais próxima de realizar o sonho de fazer a tão aguardada cirurgia para ficar perfeita e se mudar para Nova Perfeição. Em Nova Perfeição é exatamente como o nome diz: muitas festas, brincadeiras e diversão sem limites até chegar a idade para se preocuparem em conseguir um emprego. Tudo seria perfeito quando Tally fizesse sua cirurgia e fosse tão linda quanto seu amigo de infância, Peris, que foi operado antes dela e já estava aproveitando o que Nova Perfeição podia oferecer.

Provavelmente foi Tally estar sem seu melhor amigo na Vila Feia que ela começou uma amizade com Shay. Shay não quer se tornar perfeita nem ir para as festas incríveis de Nova Perfeição. Ela quer fugir para os Enferrujados e viver como uma feia. Através dos olhos de Shay começamos a ver todo esse mundo utópico sendo descontruído peça por peça e desvendarmos o mundo distópico prometido como conteúdo do livro.
Apesar de Tally ser a personagem principal, quem dá a sacudida na história e a vira de cabeça para baixo é Shay. Shay realmente foge e Tally por ser amiga dela tem problemas por causa de sua fuga para a Ferrugem atrás de uma espécie de campo de refugiados de feios. Tally é obrigada a ir atrás de Shay, descobrir onde é a o acampamento dos fugitivos e avisar à amedrontadora Circunstâncias Especiais.

Se eu falar mais alguma coisa eu vou entregar demais a história, mas acredite, a parte mais interessante e importante da história começa a partir desse ponto. Eu tinha lido em algumas resenhas no skoob que as pessoas não tinham gostado da escrita do Westerfeld, mas eu vou ter que discordar. Ele é muito bom descritor, eu conseguia visualizar exatamente o que ele queria passar sem problemas e a trama é muito bem elaborada, até porque para construir qualquer universo distópico o autor precisa se desdobrar para criar algo totalmente diferente dos demais livros do gênero.

Não sei se vocês como leitores vão sentir o mesmo que eu, mas eu não acredito que os demais livros da série terão o mesmo nível do primeiro. E, por último, e não menos importante, principalmente, para as viciadas em romances e piriguetes literárias o romance do livro foi forçado, sem graça e o personagem não acendeu nada em mim. Tive que abster esse aspecto para dar a nota que dei a esse livro.

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